As novas experiências são sempre enriquecedoras e quando sais da tua zona de conforto ainda mais. Inicialmente despertam também algum medo, insegurança e até desconforto. No entanto, à medida que te permites realizar coisas que nunca tinhas feito antes amadureces, fortaleces-te e passas a respeitar aqueles que desempenham tarefas que nunca tinhas pensado nelas.
Durante toda a minha vida profissional nunca tive necessidade de realizar grandes tarefas em que necessitasse de usar o corpo físico, usei mais o mental e o emocional. Não considero que um seja mais fácil ou difícil que o outro, são coisas completamente diferentes com o seu grau de complexidade.
Hoje permito-me, no local onde estou a trabalhar, realizar tarefas que nunca pensei fazer, que exigem do meu corpo físico, que transformam as minhas mãos e também a minha mente. Não porque sou obrigada, mas porque quero. Sim, porque quero. Já que aqui estou, quero experimentar outras coisas, novas experiências de vida.
Não há aquela máxima do “não é para mim” ou “eu jamais farei isso”. É bom experimentar determinados trabalhos e compreender a sua complexidade, dar valor às pessoas que normalmente os fazem e deixar de lado os níveis de superioridade.
Se eu não experimentar, não sei o que é. Esse também é um dos grandes desafios da vida, sair da nossa zona de conforto e perceber que afinal não há impossíveis, tudo se aprende e se resolve, mas nem sempre da maneira que queremos!
Se quero uma horta é preciso saber trabalhar a terra, se quero trabalhar com um cavalo é preciso saber montá-lo, se quero comer saudável é bom saber fazê-lo, e por aí fora. Trabalhar com as crianças e jovens já é a minha praia, desafiante mesmo é trabalhar com um trator, ensinar um cavalo, manter o espaço atraente e bonito e criar e construir coisas. Sai do corpo e liberta a mente.
A vida ensinou-me muitas coisas e uma delas é a viver agora. Não é nada fácil aprender a viver agora, no entanto, se agora estou aqui eu quero aprender e fazer tudo o que há para fazer aqui! Rapidamente a vida muda e nós também, mas a experiência de vida fica, o nosso crescimento e responsabilidade também, assim como o gosto por ter experimentado tudo o que estava ao meu dispor. Só assim posso escolher o que quero para mim.