O medo engana-te muitas vezes fazendo-te imaginar uma possível realidade cheia de dúvidas e indecisões. Faz-te viver as incertezas do futuro, invade o coração como uma erva daninha e faz-te pôr em causa os teus sonhos. Quando não o controlas, faz-te duvidar daquilo que tiveste tanto trabalho a construir.
Há momentos de luta contra o medo, em que lutas contra esse ser que ainda existe aí dentro, que te dominou durante anos, mas que pode vir a perder as forças.
O medo enfraquece o ser lutador que és, pois ele percorre os cantos mais escondidos de ti, lembrando-te de todos os teus momentos de dor para que não voltes a sentir o mesmo.
No entanto, esta é uma emoção importante, pois ele é uma resposta ao perigo e surge quando a pessoa sente uma ameaça ao seu bem-estar. Surge a motivação para sermos mais cautelosos, pois podemos estar a ser descuidados, precisamos analisar a situação e reajustar o comportamento.
Apesar da sua grande missão, quando o deixas dominar, facilmente perdes o controle e deixas aparecer todas as tuas inseguranças que te levam a ficar insatisfeito, a querer controlar tudo, até mesmo aquilo que não podes controlar.
Há momentos que a linha que separa a sanidade mental da loucura é muito fina e não sabes para que lado pesa mais. O medo cria ansiedade e destrói o teu bem-estar. Há momentos de reflexão, de olhar para dentro e querer fugir de ti mesmo, tirar férias e voltar quando tudo estiver arrumado.
Respira com consciência e pergunta a ti próprio se há motivos verdadeiros para esse medo ter fundamento. A maior parte dos medos são criações da nossa mente. Queremos muito que a vida dê certo e só procuramos a felicidade e o amor. Só que não queremos sofrer, não queremos perder, nem ficar tristes.
Temos medo de fazer escolhas que mais tarde venham a dar errado, mas esse controle não é nosso. Só conseguimos viver agora e quando a morte aparece por qualquer motivo, mesmo não estando relacionada connosco, é que paramos para perceber e analisar o que andamos a fazer, o que estamos a deixar escapar e o que não estamos a viver.
Fica onde te sentes bem, escolhe aquilo que mais amas, abraça o que a vida te deu hoje e analisa se os teus medos têm fundamento. Nem tudo o que pensas é real. Quando não estás satisfeito procura o que te preenche no momento presente e não dês tanta importância ao que esperam de ti.