Na vida há sempre um percurso que tens de fazer e quando consegues afastar o teu eu dos outros, colocando algum distanciamento entre o que pensas e a importância que dás àquilo que os outros pensam de ti, há uma paz interior que se instala.
Durante parte da nossa vida é normal dar importância ao que os outros pensam e esforçamo-nos por agradar. Por vezes, de tal forma que nos perdemos de nós mesmos, isto é, nem sabemos bem quem somos porque formamos uma imagem em função daquilo que achamos que os outros iam gostar.
Não há uma idade certa para atingir esta fase. No entanto, quando te questionas sobre o que é importante para ti, sobre o teu valor e sobre aquilo que mereces, olhas para dentro. Ao fazer este processo, começas a aperceber-te de quem és. Este processo muitas vezes não é fácil, pois quando olhas para ti, nem sempre gostas do que vês e duvidas que os outros vejam alguma coisa de belo em ti… mesmo que sejas bonito, boa pessoa ou que tenhas um corpo bem feito!
No momento que te consegues afastar do outros, não necessariamente fisicamente, mas na importância que dás a cada parte, começas a ter outro discernimento. A opinião dos outros passa a importar cada vez menos, desde que estejas de bem contigo mesmo. E quando não estás de bem contigo mesmo e tens coragem de mudar então tudo fica ainda mais fácil.
No meio de todas estas tomadas de consciência há momentos difíceis, há alturas de sufoco, mas quando sentes a felicidade também a sentes mais intensamente. Quando vives um momento de paz e de satisfação contigo mesmo ou com os que te rodeiam a vibração dentro de ti aumenta e a tua luz interior também. Essa irradia cá para fora e há quem a consiga ver… nos teus olhos, no teu sorriso e na tua liberdade de viver a vida.
Quando consegues afastar o teu eu dos outros, consegues ver e sentir coisas que antes não vias nem sentias e depois lá vem a escolha de te posicionares onde queres estar.