Setembro é um mês de azáfama e de gestão das emoções. Para muitos as férias terminam e dão lugar ao regresso ao trabalho… ao antigo ou ao novo. As crianças e adolescentes regressam à escola, muitos pela primeira vez outros para um meio que já lhes é familiar. Claramente é um mês onde existe mudança e muita gestão de emoções!

Começam as primeiras colheitas, arroz, uvas… a vida torna a ficar agitada. E no final de setembro chega o outono… estação do ano em que podemos fazer um balanço de muitas coisas, deixando ir aquilo que já não nos interessa e abraçando novos projetos. É um tempo de introspeção e de recolhimento. Sem dúvida setembro é um mês de gestão de emoções.

A entrada na escola para as crianças mais pequenas é uma novidade. Habituadas a estar junto daqueles que, à partida, as protegem, veem-se agora num novo espaço, cheio de gente nova (miúdos e graúdos!), onde os medos podem surgir e as aflições também. É importante falar com as elas, pois elas percebem-nos. É crucial partilhar que os pais também vão inquietos para o trabalho, que também têm desafios e que para eles também é difícil deixar os filhos pequenos nas escolas. É bom a criança saber que o adulto também está sujeito às emoções e juntos conseguirão superar esta aventura. Não se esqueçam de lhes dizer que os amam muito e que os vão buscar no final do dia… certamente que eles irão ficar mais descansados. Para nós adultos é óbvio que os vamos buscar, mas para alguns deles é uma insegurança.

Regressar ao trabalho tem as suas facetas. Por um lado é agradável voltar a fazer aquilo que se gosta, quando se gosta, claro! Quando não se gosta assim tanto, é bom conseguir ver o lado positivo das coisas e se não está bem… talvez seja uma boa altura para repensar o que se anda a fazer. Por outro lado, deixar as férias, o tempo quente e a agitação do verão tem o seu quê de deprimente e mais uma vez é importante fazer algumas coisas que tragam equilíbrio e onde se sintam felizes.

Gosto particularmente das colheitas! Lembro-me de ser pequena e andar com os pés descalços em cima do arroz… era terrível a comichão que aquilo dava a seguir, mas era engraçado. Há alguns anos atrás ainda se fazia a vindima, pisar as uvas era uma tarefa que me cabia a mim! Soltei algumas gargalhadas dentro da tina, relembrar isto faz-me sorrir.

A azáfama dos campo mostra que depois do trabalho árduo vem o recolher das sementeiras que nos trazem produtos e valor monetário. Gosto de ver as cearas de arroz douradas nos campos à espera de serem colhidas. Todo o trabalho dá frutos e é bom colhe-los depois de nos empenharmos.

À volta de tudo isto há muitas emoções… não temos tudo o que queremos, nem sempre corre bem o que planeámos, mas também há muitos momentos de felicidade, de partilha e de aprendizagem.

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