Fotografar é algo que gosto de fazer e só fazendo é que se aprende. Há momentos únicos no ano para fotografar e um deles são as colheitas do arroz. Ter amigos orizicultores tem as suas vantagens. Ia só tirar fotografias e acabei a cortar arroz! Foi espetacular.
Adoro esta altura do ano. Apesar de significar o fim do verão e, automaticamente, uma mudança de clima e de certas atividades, gosto muito das cores da natureza, dos finais de dia na praia quase vazia e dos cheiros de outono. Assumo que sou ligada à natureza.
Hoje fui até aos campos de arroz fotografar. Já sabia que o João iria lá estar a cortar arroz e nada melhor que poder estar junto de pessoas conhecidas. As paisagens são magnificas e adorei o momento. No entanto, nunca pensei ser convidada a subir para uma ceifeira e a acompanhar o trabalho de perto, muito perto!
Só o João para me desafiar e quando surgiu a pergunta “Queres conduzir?” aceitei, apesar do desconhecido. Foi uma sensação indescritível conduzir uma ceifeira daquele tamanho e cortar arroz, para além da responsabilidade do que estava a fazer perante aquele ser tão especial.
A vida tem-me trazido experiências únicas e eu aprendi que quando uma “porta” se abre é para entrar.
Mas houve muito mais do que apenas cortar arroz. O João é um ser muito importante que passou na minha vida. Acompanhei-o desde pequeno na escola e ele também contribuiu para me ensinar a ser a professora que sou hoje. Há famílias de coração às quais temos a honra de pertencer que nos enchem de tudo, que nos enchem o coração. Gratidão a esta família que, longe ou perto, sabe que eu estou sempre lá e eu sei que eles estão sempre cá.
Hoje o João deixou de ser o aluno e passou a ser o professor, os papeis inverteram-se! E com toda a calma do mundo foi-me explicando tudo o que eu devia fazer, todo o funcionamento da ceifeira e eu no meio daquela adrenalina lá fui adquirindo conhecimentos que não sabia. É tão bom quando o aluno se torna mestre!
De volta a casa, apenas sorria e sentia a felicidade do inesperado, o prazer de fazer coisas diferentes e a admiração de ver alguém que eu acompanhei a tornar-se o homem que é.
A felicidade são momentos que ficam guardados cá dentro e nos fazem sorrir, basta termos a capacidade e vontade de os querermos ver. O formato em que queremos viver somos nós que escolhemos, só temos de ter coragem para isso.
Professora, escritora e criadora do projeto Kids & Grown-ups.
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This Post Has One Comment
Maria Albertina
8 Out 2018Há famílias de coração às quais temos a honra de pertencer que nos enchem de tudo, que nos enchem o coração. Gratidão a esta família que, longe ou perto, sabe que eu estou sempre lá e eu sei que eles estão sempre cá.
Copiei porque tb me sinto assim com essa família. principalmente com o meu João…que me ensinou Tanto…SAUDADES