Momentos de raiva são muito naturais e mesmo que não exteriorizes esta emoção, ela existe e muitas vezes é apenas manifestada no teu interior, mas isso não é saudável. A sangue pulsa, os nervos atacam, a ansiedade fica ao rubro e só te apetece partir tudo ou bater em alguém! É natural! Não te culpes por te sentires assim. Manifestações de raiva significam que te sentes frustrado e injustiçado com algo. Como tal devem ser manifestadas, mas com conta, peso e medida.

Quando a raiva surge, há uma espécie de desconforto que se gera no corpo, uma tensão na garganta, um aperto no peito. Há uma sensação de desrespeito, de ofensa, de abuso e de desigualdade.

Esta emoção ajuda-te a preservar o que é importante para ti. Ajuda-te a comunicar com o outro o que te desagrada em relação a algo de que não gostas e que pretendes colocar um limite. Ficar irritado e em silêncio é como carregar uma arma pronta a explodir, e por vezes, explode para o sítio errado e as pessoas não compreendem.

Não fomos ensinados a exteriorizar a raiva e deste modo, quando o fazendo, muitas vezes, sentimo-nos culpados de ter aqueles comportamentos. Talvez porque fomos ensinados a reprimir. É importante ires manifestando o que te desagrada e perceberes como esta emoção é importante.

Quando reprimida pode causar doenças no teu corpo físico, além de que a vida fica mais difícil de levar e de viver em felicidade e amor.

Quando a raiva surge de algo concreto é fácil de identificar, logo também é fácil perceber como agir. Podes-te aborrecer, digerir o que aconteceu e deixá-la passar ou lidar com a situação civilizadamente. A grande questão é quando não dás conta do que sentes e a irritabilidade passa a ser uma constante na tua vida. Significa que algo não está bem, tu não estás bem.

Ela deveria ser uma emoção positiva, na medida em que é uma simples reação de defesa ou ataque. Mas quando a raiva se torna constante e explodes por tudo e por nada deves prestar atenção ao teu comportamento. Normalmente estas pessoas têm dificuldade em expressar as suas emoções, reprimem os seus sentimentos e só conseguem expressar-se através de uma explosão de raiva. Alimentam-se da própria raiva.

Era tudo muito mais fácil se não tivéssemos medo de dizer aquilo que sentimos. Aos poucos vai-se aprendendo a fazê-lo e a viver com outra consciência. Esta também é uma emoção importante, vamos começar a prestar-lhe mais atenção! Vamos perdoar o comportamento dos outros e o nosso e perceber o que temos a aprender com determinada situação.

O perdão é muito libertador.

“Apegar-se à raiva é como agarrar um carvão quente com a intenção de o lançar a alguém. És tu que te queimas.” – Buda

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